Ontem eu vi o pôr-do-sol quebrado: o retrovisor estava ligado.
Quantas memórias passam pelos nossos olhos no segundo entre o retrovisor e o carro da frente, a curva, a luz vermelha: quinçá a batida.
Quantas luzes passam pela nossa pele quando o sol morre no mar e o topo da Mesa é o lugar ideal de onde se pode observar.
Como um mês e meio pode ser uma eternidade?
A luz pelos olhos passaram. As memórias pelo corpo ficaram.
A mesa. O mar. O sol. Uma mão que me segurou com força e lançou meus pés no ar.
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