sexta-feira, 9 de julho de 2010

Gérberas

O momento sublime entre as notas musicais e o tempo. Me perco em devaneios ao som que dissipa, que inspiro, que respiro.

A dor da voz, a água. A dor da voz, o fogo. Soa solene, pia baixinho. Correm suspiros na imensidão do tudo.

Nada que transpira, a vida que sucumbe. São os sonhos que o dia pode nos propor. São os sonhos aos quais a noite pode se opor.

Ressoa, Ô Ô ô o o o o o ....

Entôa o o o o ô ô ô Ô

Penetra ao fundo.

Penetra e é fundo.

A alma saí aos poucos para tocar o sublime momento entre as notas musicais e a sua bela voz. Entre a sua voz, as notas musicais e o nada da minha vida.

Sucumbe: permite-se viver.







*Dia 10/04/2010. Durante um show do Urutau ( http://grupourutau.wordpress.com ).

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